Árvore líquida
- Bruna

- 25 de mar. de 2024
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Um grupo de cientistas locais desenvolveu um projeto inovador interessante conhecido como "árvore líquida".
É, árvore líquida. Não é uma metáfora sobre Bauman; é literalmente uma referência a compostos orgânicos em formato líquido, contidos dentro de uma estrutura semelhante a um tanque.
Em várias partes do mundo, os planos urbanísticos estão priorizando o plantio de árvores não só em florestas, mas também nas cidades. É uma forma eficaz de lidar com o problema dos gases que provocam o aquecimento global. Com mais árvores, o ar pode ficar mais limpo e as altas temperaturas podem ser amenizadas.
Durante a fotossíntese, as árvores usam o carbono para construir seus tecidos enquanto liberam oxigênio de volta para a atmosfera. O CO2 é retirado do ar e armazenado na biomassa das próprias árvores e no solo - um processo chamado de sequestro de carbono.
O problema é que, em certas localidades, não há espaço pra plantar árvores por causa da escassez de espaço. É o caso, por exemplo, de algumas cidades localizadas na Sérvia. Vale ressaltar que este é um dos países com piores índices globais de qualidade do ar.
Desenvolvido pela equipe do Instituto de Pesquisa Multidisciplinar da Universidade de Belgrado, sob a liderança de Ivan Spasojevic, o LIQUID 3, apelidado de árvore líquida, é um fotobiorreator urbano. Ele utiliza microalgas cultivadas em água para absorver gases poluentes presentes no ar, como o dióxido de carbono, e produzir oxigênio, que é liberado de volta para o ambiente.
O nome, de certo modo bem-humorado, é uma brincadeira com as palavras: em inglês, a pronúncia de "liquid three" se assemelha a "liquid tree" (em português, "árvore líquida").
Enfim, parece que este projeto tem um grande potencial para contribuir significativamente na luta contra as mudanças climáticas e na redução da poluição.
Bruna Chíxaro